The Rocky Horror Picture Show

O seu sonho erótico mais insano.
Não entendo porque esse filme é cult. Todo mundo deveria assistir ele pelo menos uma vez. Essa ode à escória da sociedade é entreterimento puro, criativo, e sim, inteligente.
Janet e Brad são um casal extremamente inocente. Eles acabaram de virar noivos. E numa noite escura e chuvosa, o carro deles quebra na estrada e eles são obrigados a buscar abrigo em um castelo, digno dos filmes de Drácula. Eles entram, e começa o terror.
O filme é classificado como terror, mas você ri o tempo inteiro. Entre (d)efeitos especiais muito toscos, personagens absolutamente malucos e uma história nem um pouquinho confusa (ironia mode on), você se vê preso no meio de uma espécie de pesadelo. Um pesadelo que você torce pra não acabar.
Dr. Frank-N-Furt é um travesti gay que está criando uma criatura para satisfazer todos os seus desejos sexuais. Em sua mansão, moram também Riff-Raff, que aje como seu criado, Magenta, uma empregada, Columbia, uma groupie, e mais um bando de gente que sem dúvida fugiu de um hospício. É nessa confusão que Janet e Brad perdem toda sua inocência. A história vai bem mais a frente que isso, com vários outros personagens, mas é bom ficar por aqui. Basta dizer que é tudo regado a sexo.
A música é uma parte fenomenal. Um rock mais antigo, anos 50-60, agitado e bem grudento. O único problema é que... ninguém é exatamente bom cantando no elenco. São músicas que muitos ouviriam repetidamente, e pra isso, recomendo as versões de Glee. Sozinhas são muito melhores, mas tenho que adimitir que não seria a mesma coisa. Time Warp de longe é a melhor, e resume bem o espirito do longa.
Os atores entregam performances hilárias e surpreendentemente sérias, pro monte de bizarrice que encontram. Susan Sarandon e Barry Bostwick foram ótimas escolhas pro casal principal. Patricia Quinn e Richard O'Brien roubam a cena sempre que aparecem, cada um extravagante e carismático em seu próprio jeito. O resto do elenco, especialmente Tim Curry, também não ficam pra trás.
Tosco. Muito tosco. Mas vale a pena.