Vampire Weekend-Vampre Weekend


Uma mistura que dá razoavelmente certo.
Quem diria. A percussão de influência africana casa de modo quase perfeito com as guitarras rápidas típicas de uma banda indie. Mesmo que soe estranho aos ouvidos de primeira, Vampire Weekend é um bom album de estréia.
As duas primeiras faixas são as melhores. A hilária letra de Oxford Comma e seu contagiante ritmo transformam a música numa trilha sonora perfeita pra um filme de comédia. The Kids Don't Stand a Chance, que fecha o album, também merece destaque. Não sei se a letra é composta por várias metáforas ou se é só um monte de frases aleatórias, mas elas funcionaram perfeitamente aqui. Walcott parece a típica canção escrita para alguém. Mas a minha preferida é I Stand Corrected, que faz parte do ótimo trio no final do disco.
Apesar dos elogios, o disco tem certas falhas. Curiosamente, são as que mostram maior influência da África. One (Blake's Got A New Face) forçou demais a barra. Os vocais de fundo que repetem o título da música são, na melhor situação, irritantes. E o vocal principal de Ezra Koenig também não ajuda muito. As notas mais agudas, claramente alcançadas com grande esforço, que casam bem com Cousins, nessa música só pioram tudo.  Cape Cod Kwassa Kwassa chega perto do mesmo erro, porém é mais agradável aos ouvidos. A sequência das músicas também poderia ser melhor.
É um trabalho a se conhecer, especialmente para ampliar os horizontes musicais. Além de ser bom saber que ainda temos algum talento por aí.
 

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